domingo, 22 de agosto de 2010

Artesanato/Cazumbá Iracema


Estes artesanatos são produzidos pelos moradores da Reserva Extrativista Cazumbá Iracema, aqui do município de Sena Madureira. Bacana né?

sábado, 21 de agosto de 2010

Artista local


Estes dias estou estagiando na Escola Estadual de Ensino Médio Dom Júlio Mattiole (para cumprir uma carga horária de 20 horas/aulas, exigido pela disciplina Estágio Supervisionado 1) e me deparei com uma imagem na parede da escola que me chamou bastante atenção. A obra é do artista local Claudeney. Não o conheço pessoalmente, mas gostei da imagem e como tudo o que é bom deve ser divulgado. Fica aqui o registro!

Reflexões sobre mídia


Não podemos negar o poder de persuasão das mídias, principalmente as televisivas. Todos os dias somos bombardeados por uma série de informações que se cruzam e também se contradizem. Acreditamos que estamos sendo informados, avisados, mas na grande maioria das vezes estamos mesmo sendo alienados, lesados e enganados por uma versão maquiada dos fatos. O que acontece é que ninguém quer ir contra os próprios interesses, mas se vêem obrigados a dar uma “satisfação” para o público quando o assunto é de interesse nacional, por exemplo. Daí moldam a noticia de modo que nem deixam de dar a informação, nem prejudicam os interesses pessoais, se escondendo atrás da máscara da imparcialidade, que na verdade não passa de omissão dos fatos.
Devemos desenvolver uma leitura critica dos conteúdos apresentados pela mídia porque uma boa porcentagem de tudo o que lemos, vemos e ouvimos é tendencioso, ou seja, tem sempre algum propósito ou alguma intenção “secreta” de prejudicar alguém. Já tivemos demonstrações suficientes de quanto poder a mídia tem de construir e destruir uma pessoa, um ídolo ou mesmo um presidente da república. A mídia corrompe as pessoas, porque se você não quer parecer o vilãozinho da história, tem que ceder às vontades da mesma. E os que cedem, não passam de marionetes nas mãos de crianças. Por isso devemos ser críticos, questionadores e estar atentos a tudo que vemos na TV, na revista, no jornal escrito, no rádio, em fim, em todas as formas de mídia, cruzar estas informações, procurar ver o outro lado de tudo e não apenas aceitar o que nos é transmitido como verdade absoluta. O questionamento e o pensamento critico é que devem ser o nosso alicerce.

Resenha crítica do filme ‘O quarto poder’ do diretor Costa Gravas e do documentário ‘Muito Além do Cidadão Kane’, do diretor Simon Hartog.


Não sabemos onde termina a realidade e onde começa a ficção. Atualmente a vida das pessoas está tão exposta através da mídia que fica difícil discernir o que é real e o que é imitação dessa realidade. Vivemos dias em que a ética e os valores morais viraram mercadorias. Muito pouco há de verdade no que é veiculado pela mídia e o apelo é grande e agressivo.
A mídia, considerada o quarto poder, muitas vezes perde a linha do bom senso explorando e manipulando informações, de acordo com seus próprios interesses. Formadora de opiniões, não mede esforços para controlar o comportamento das pessoas. Tenta comover através do sensacionalismo e de um falso altruísmo que apenas serve para chamar atenção para si mesma. Neste contexto somos vítimas e ao mesmo tempo culpados pela excentricidade da mídia, porque no fundo ela é a representação de nosso próprio egocentrismo. Tudo o que é veiculado e promovido por ela apela para nossos sentidos, numa tentativa de lucrar com a nossa alienação. Esta apelação é fruto de nosso próprio comportamento, pois somos nós quem alimenta e enriquece essa indústria apelativa com o nosso conformismo e nossa passividade.
Quantos ‘Sams’ e quantos ‘Max’ existem nesse meio? Quantos são explorados diariamente para que outros ganhem status, poder e riqueza? Até onde vai a ganância e até onde vai nossa submissão? Até quando permitiremos viver a mercê dessa escravidão? Vivemos tão iludidos com os sonhos que são vendidos pela mídia que não nos damos conta de que consumimos e nos comportamos exatamente como ela quer.
O que acontece é que a mídia se aproveita do efeito que tem sobre a opinião pública para propagar sua própria ideologia, jogando com nossas emoções e percepções. O efeito de tudo isso é catastrófico quando a mídia usa seu poder para manipular e distorcer informações para favorecer uma minoria. A mensagem que fica de tudo isso é que não há lugar para ética nesse meio e que todas as artimanhas são utilizadas para satisfazer o jogo de interesses dessa indústria de ilusões.

Analisando a TV


A TV brasileira atualmente exibe uma extensa programação para todo tipo de público. Disposta a agradar gregos e troianos, não mede esforços para que cada telespectador se identifique de alguma forma com seus roteiros e personagens. Dentro desta perspectiva, surgem os chamados programas para a família, onde a dona de casa pode se ver retratada na telinha, com seus filhos problemáticos em volta e o caos cotidiano passa a ser motivo de riso quando representada por atores globais. A exemplo disso temos o programa humorístico semanal A grande família. O foco do programa está nas confusões domésticas e nos conflitos familiares existentes, abordados de forma leve e irreverente.
Geralmente quando nos acomodamos frente à TV, podemos não nos dar conta, mas estes folhetins estão imbuídos de muitas mensagens subliminares e de valores que acabamos assimilando como uma extensão de nossos próprios valores.
Talvez nunca ninguém tenha questionado o fato da personagem Nenê viver para a casa, os filhos e o marido, sem nunca ter tempo para ela mesma. Estaria o programa insinuando que esta é a função da mulher na sociedade? Casar-se, procriar e anular-se? Nenê é uma mulher que vive as voltas com os problemas da casa e dos filhos e não dá um passo sem consultar o marido, que por sua vez é metódico e sua principal preocupação é o seu trabalho. Em pleno século XXI, em que os indivíduos vivem as mais inusitadas formas de estruturas familiares, ainda existe realmente um padrão a ser seguido? Aquele em que o pai prover o sustento da família e a mãe cuida da estrutura da casa não pode mais ser idealizado como padrão em nossa realidade sociocultural.
O comportamento da sociedade contemporânea teve que se moldar as condições políticas e econômicas vigentes e as pessoas querem se libertar do tradicionalismo, assumindo suas opções perante a vida. Hoje a mulher assume cada vez mais a postura de chefe de família, alguns homens cuidam da casa e outros simplesmente formaram uma família diferente daquela que a mídia insiste em padronizar.
Mascarada num machismo vergonhoso e num falso moralismo vê-se que a mídia alem de tudo é sexista e tenta impor um padrão de comportamento que ela própria considera aceitável, através de sua programação, mascarando esta realidade com muitas doses de humor.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Reflexões sobre mídia 2

A mídia de certa forma pressupõe que pode tomar conta da vida das pessoas. Não basta noticiar, há a necessidade de explorar, escandalizar, chocar, polemizar e outras formas de espetacularizações desnecessárias. Não bastasse isso, as mídias atualmente são utilizadas não necessariamente para fins educativos, artísticos ou culturais, ferindo assim o que estabelece o artigo 3 da Legislação da Radiodifusão Brasileira. Antes, o que ocorre é uma verdadeira oferta ao consumismo exagerado, propagando a idéia de que você é o que consome e precisa consumir para ser socialmente aceito. Enquanto muitos se distraem consumindo o que a mídia prega que é bom, outros se apoderam desta mesma ferramenta para difundir suas próprias ideologias, para criar verdades absolutas e incorporá-las, sem que percebamos aos nossos valores.
Acredito que um dos principais aspectos desta relação entre os meios de comunicação e a sociedade é que ela não se resume numa relação de cordialidade ou imparcialidade. Ela é pautada nas imposições do sistema capitalista e nas necessidades que somos obrigados a acreditar que temos. Outro aspecto curioso é a tendência proeminente em ditar padrões de comportamentos. Os jovens são mais facilmente influenciáveis, pois estão numa fase em que buscam ser aceitos ou se encaixar em determinado grupo social. A mídia influencia muito nestas escolhas, pois cria tendências e muitos rótulos que são massivamente copiados. Não há para onde correr. Quem não se rende é considerado fora dos padrões.

Recriando imagens televisivas


As imagens escolhidas para a composição deste trabalho são do programa humorístico ‘A grande família’, veiculado pela Rede Globo de Televisão. Escolhi estas imagens após enxergar um pouco além do que sempre me limitei a enxergar vendo o referido programa. Algumas vezes não nos damos conta do que um simples seriado de TV tenta nos induzir a fazer ou pensar. Assim, abrindo um pouco mais a mente para a dimensão que isso alcança podemos perceber o quanto valores machistas e sexistas podem ser propagados através da mídia. Usei estas imagens porque, a meu ver a muito tempo a estrutura familiar vem se modificando, ou seja, aquele padrão tradicional: homem provendo o sustento do lar e a mulher apenas cuidando da casa e dos filhos já não pode mais ser considerado como único modelo de estrutura familiar valido. Há mulheres que são chefes de família, homens que cuidam da casa e dos filhos e ainda há aqueles com opções sexuais diversas que não seguem o padrão de comportamento dito convencional. Com isso, questiono se a mídia, com doses irônicas de humor, está ou não insinuando que lugar de mulher é em casa, cuidando dos filhos e submissa às ordens do marido, a exemplo da personagem Nenê _ a típica rainha do lar.
Utilizei o programa Photoscape e Picasa 3 para modificar as imagens.