É importante que os alunos reconheçam que ao ampliar seu conhecimento formal sobre o universo artístico, estão consolidando sua inclusão como criadores e receptores das produções culturais que o cercam. No momento em que a escola se apropria da arte, como as intervenções urbanas, por exemplo, como conteúdo de sala de aula, cabe a ela instrumentalizar os alunos para que estes possam romper a barreira da opinião pessoal, orientada por conceitos pré-estabelecidos e defasados.
O fato é que a arte e a política sempre andaram em linhas paralelas e ambas são aliadas da educação no que diz respeito à formação de indivíduos críticos e ativos socialmente falando. Este é um farto campo para que o aluno possa exercitar e estruturar pensamentos reflexivos.
Se pensarmos que a arte acompanha a história do homem, compreenderemos seu caráter político, pois em determinados períodos históricos em que a sociedade era privada de manifestar seu pensamento, a arte era a única ferramenta de contestação, capaz de ultrapassar o limite do tempo e manter viva a ideologia de uma época. As abordagens lingüísticas, políticas e estéticas presentes nas expressões artísticas podem ser de grande utilidade para que tanto o aluno quanto o professor possam romper com a imagem superficial com que classifica qualquer forma de expressão que não seja oficial como destituída de valores culturais.
