segunda-feira, 17 de outubro de 2011

exposição ‘TecnoArte’

Aos 05 dias do mês de outubro de 2011, das 19h00min às 23h00min, no Pólo da UnB, aconteceu a 3ª exposição da turma de Artes Visuais e a 1ª da disciplina de Laboratório de Arte e Tecnologia, com o tema ‘TecnoArte’, em função da mesma unir respectivamente elementos de arte e tecnologia.
Reunimos na exposição apresentada a comunidade escolar do município todos os trabalhos produzidos pela turma ao longo da disciplina, desde os brinquedos ópticos Fenascistoscópio, Zootrópio, Thaumatrope e Flipbook, até os tecnológicos Stop Motion, Rotoscópia, Glitch art, Processing e Ciberube _ o grafite digital.
Foram montadas oficinas, onde grupos de alunos ensinavam ao público presente como montar os brinquedos ópticos, como montar e editar vídeos a partir de fotografias, com a técnica do Stop Motion e da Rotoscópia; como interferir nas imagens com a técnica do Glitch e como formar imagens geométricas com o software Processing.
A intervenção utilizando o software Ciberube também foi um dos pontos altos da exposição. A idéia inicial era realizar a intervenção na rua, no muro do Pólo, mas por motivos técnicos e de segurança realizamos a intervenção dentro da área do pólo, fazendo intervenções na parede, do lado externo do laboratório. A experiência foi única. Ver o público interagindo e reagindo recompensou todo esforço até ali.
Ainda no auditório, aconteceu a exposição em vídeo de todas as nossas produções, as mesmas que estavam sendo ensinadas e trabalhadas nas oficinas, o que despertou mais ainda o interesse do público ali presente, já familiarizado com as técnicas dos softwares.
Realizar um evento deste porte exige muito trabalho coletivo. É o tipo de atividade onde não há espaço para individualismos, pois as partes trabalham em função do todo.
Apesar dos muitos contratempos que ocorreram, dos equipamentos falhando, travando, da corrida contra o tempo, das dificuldades técnicas e humanas, o saldo final foi bastante positivo. A comunidade escolar se fez presente e abrilhantou o evento, participando, interagindo, questionando, se divertindo e o principal, pudemos compartilhar com eles um pouco da nossa experiência com a arte e a tecnologia.
Imagens do evento:




Glitch art

A Glitch art é o processo através do qual, por meio da computação e eletrônica se aplica falhas/defeitos em determinadas imagens, descaracterizando a imagem original. Neste caso, o Glitch é um defeito proposital, utilizado para produzir distorções em imagens como proposta artística, modificando a seqüência de códigos do arquivo.
Apesar de o resultado final ser interessante, o processo da Glitch art é muito cansativo, pois há uma infinidade de códigos a ser corrompido, o que torna o processo um pouco demorado. Como proposta artística, é interessante poder manipular e intervir eletronicamente em uma imagem. O que alguns chamam de “estética do piripaque”, pode ter um efeito surpreendente. Muitos não percebem esta técnica como arte, mas a ‘interessância’ está justamente na desconstrução da figura, na mudança de percepção do que consideramos belo esteticamente. Visualmente não é necessariamente belo, mas ajuda a desmistificar a idéia de que a arte tem que ser certinha, tradicional ou transcendental.




Brinquedos Ópticos, por Cléo Aquino.