segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Analise do vídeo ‘Refletindo sobre mudanças - Mídias na educação’

http://www.youtube.com/watch?v=S1m6Xp6F2I8


O vídeo escolhido faz um contraste entre o passado e o futuro e o caminho trilhado pelos novos suportes tecnológicos, até que ponto evoluímos e onde ainda podemos chegar. O vídeo em questão ainda é um convite a uma profunda reflexão sobre nosso papel enquanto educador, frente às evoluções tecnológicas de nosso tempo e as que ainda estão por vir.
O vídeo trás questionamentos sobre até que ponto estamos nos preparando para aderir a estes novos recursos tecnológicos a nossa profissão, de que forma estamos nos preparando e se de fato estamos prontos para lidar em sala de aula com esta nova geração que praticamente cresce com a internet e cercada por todo tipo de recurso tecnológico.
A mudança de fato já aconteceu. Estamos vivendo a era das super máquinas. Não adianta pensar no futuro daqui a 10 ou 15 anos, porque o futuro é agora. Apenas quem não percebeu isso é quem vive alienado num mundo particular em que a informação não é prioridade.
Não há como fugir ou se esconder das técnicas. A sorte já foi lançada. Quem não busca atualizar-se, reciclar-se e interagir com elas, corre o risco de viver a margem dos próprios alunos.
Fomos acostumados a ter medo da tecnologia e a achar que ela não nos atingiria. Ledo engano! A tecnologia tem impacto em nossas vidas sim, e temos que aprender a não nos tornarmos vitimas dela, mas co-autores, co-construtores, cúmplices e autônomos.
A tecnologia é a alma de um novo mundo em evolução. Estas mudanças não são ondas passageiras. Neste mundo em evolução, “nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia” [...] “tudo que se vê não é igual ao que a gente viu a um segundo, tudo muda o tempo todo no mundo”.
E é com base nesta realidade, que professores e toda sociedade precisam abrir mão da visão arcaica e defasada de que tecnologia é para poucos, de que não da para acompanhar essas mudanças todas em tempo real. Ao contrario, a sociedade não é mais a mesma. À medida que ela evolui exige meios de comunicação e interação cada vez mais rápidos e dinâmicos, e movido por esta busca é que o homem transforma as técnicas em mecanismos ágeis em resposta às necessidades do próprio ser humano.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Resenha da letra da musica 'Offline' de Gabriel Pensador


Offline


Internet todo dia
Enterrando a poesia
Destruindo o que ainda restava de nostalgia
A magia criativa
Prende a asa em sua teia
Distraindo-se em mensagens bonitas de gente feia

Gente linda
Gente horrenda
Gente boa e gente falsa
Meu miolo mole
Coice de mula
Mala sem alça
Sem calça
Sem blusa
Sem conexão no peito
Congelou meu coração
Que já não quer rodar direito

Restart
Começa do zero por outra parte
A memória tem limite
Então delete, descarte
Desconte
Desmonte
Desligue se possível
Desconecte sua cabeça
Apareça invisível

Aparecer invisível
Desaparecer na tela
Aparecer invisível
Desaparecer no mundo
Aparecer invisível
Desaparecer na vida
Pra não parecer horrível
Aparecer invisível.


A musica ‘Offline’ de Gabriel Pensador questiona a interferência excessiva das mídias na vida contemporânea. Argumenta que tanta tecnologia ao alcance do homem deturpa o processo criativo do ser humano, pois o homem deixa de lado as reflexões criticas para integrar elementos prontos e acabados oferecidos pela internet aos processos de construção.
O Pensador argumenta ainda na letra da musica que neste mundo interconectado não temos identidade. Há uma ambigüidade latente. Ao mesmo tempo em que estamos todos expostos de certa forma, estamos também “protegidos” por uma capa de invisibilidade, que por um lado é bom, pois permite a livre expressão sem medo a represálias e por outro lado bastante tenebroso, pois a possibilidade do anonimato permite com que mentes ociosas cometam atrocidades contra cidadãos comuns, pessoas físicas ou jurídicas.
A musica aborda ainda a questão da subjetividade e das relações interpessoais. Ao mesmo tempo em que podemos interagir com pessoas de todas as partes do mundo, conhecer culturas e personalidades diferentes, o ciberespaço pode abrir uma barreira enorme entre as relações humanas, pois o outro é quase que totalmente substituído pelos símbolos de sua presença.
O importante mesmo é que se consiga encontrar o caminho do meio. Aquele em que nem tudo pode ser resolvido eletronicamente, apertando um simples botão, mas que as técnicas podem ser amigas e não inimigas do homem. Basta usar o bom senso, manter o equilíbrio e cuidar em respeitar o próximo, pois mesmo quando lidamos coma as maquinas estamos lidando também com o ser humano, pois na sociedade digitalizada em que vivemos homem e maquina vivem quase um processo de simbiose, em que um não sobrevive mais sem o outro.





terça-feira, 15 de setembro de 2009

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Atividade de expressão artistica (modificação de imagem através do Gimp)


A imagem original foi fotografada por uma amiga, professora da Zona Rural da rede Estadual (Sônia Cavalcante) em 2008, em visita ao rio Macauã, localizado no município de Sena Madureira. Esta imagem foi capturada pela câmera de um celular, enviada via bluetooth a um segundo celular com câmera de 1.3 megapixels, arquivada em computador e modificada por mim através do programa Gimp.
Este “percurso” da origem da imagem foi feito para compreendermos o quanto a tecnologia é flexível, renovável e surpreendente. Ela não se limita a tempo ou espaço. Está em constante movimento e evolução.
Com os novos recursos tecnológicos ao nosso alcance, rompe-se a barreira do tempo, do impossível, do improvável, da distancia e ultrapassa os limites do pensamento. O que era já não é mais e o que há de vir também pode ser pensado, planejado e modificado.
Não há limites para a tecnologia, assim como não há limites para a imaginação humana. Aliados, homem e tecnologia podem fazer (porque não)? Até o impossível acontecer!

Resultado da obra



Eis ai a cima o resultado da interferência na fotografia. Interferir numa imagem é como dar vida a uma “natureza morta”, como preencher uma tela em branco. A idéia aqui foi transformar o dia numa noite clara e estrelada de lua cheia; dar realce ao nosso verde intenso e manter a naturalidade do rio, numa espécie de homenagem singela às águas barrentas do nosso rio Macauã.

Segundo a revista Carta na Escola, de maio de 2009, edição 36, o Scratch é um programa gratuito, voltado para crianças e jovens que permite a criação de animações. Criado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts, mas que já possui uma versão em português e tem entusiasmado professores do mundo inteiro. A sociedade moderna exige que os alunos pensem, cada vez mais, criativamente. A idéia original é que este programa ajude crianças e professores a repensar a educação, tendo em vista a necessidade criativa alimentada pela difusão de novas tecnologias.
A interface do Scratch é muito intuitiva e tem uma linguagem lúdica que não necessita de nenhum conhecimento prévio de programação. Logicamente o uso destas ferramentas deve ser bem orientado e definido, caso contrário perde-se o foco no trabalho, e a finalidade dos softwares não é apenas divertir, mas educar enquanto diverte.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Resenha do texto 'A arte-educação no Brasil', realidade hoje e expectativas futuras, de Ana Mae Barbosa



Há 17 anos que Artes vem sendo disciplina obrigatória nas escolas de primeiro e segundo grau no Brasil, porem esta conquista não foi dos arte-educadores brasileiros e sim um acordo (MEC-USAID) criado através de educadores americanos que reformulou a educação brasileira estabelecendo os objetivos e o currículo configurado na Lei federal n◦ 5692 denominada Diretrizes e Bases da Educação.
O currículo de Licenciatura em Educação artística pretende formar um professor de arte em apenas dois anos; um tempo questionável, se levarmos em consideração a complexidade que é lecionar artes.
Exige-se muito que o arte-educador seja dinâmico e que ande de mãos dadas com as novas tecnologias e etc. Mas ironicamente, os livros para estes educadores são apenas modernizações na aparência e conteúdos defasados. Como podemos fazer a diferença, sem ao menos termos subsídios técnicos?
Com esta contradição e a falta de correspondência entre os objetivos e a pratica real na sala de aula, conclui-se que objetivos são apenas palavras escritas nos programas ou estatutos que nem de longe tem sido postos em pratica.
Os arte-educadores tem que tomar muito cuidado para não transformar uma leitura de obra de arte em um simples questionário, pois os professores estão reduzindo a analise ou a apreciação artística num simples jogo de questões e respostas, e não é isso o que queremos. Precisamos formar cidadãos conscientes do que a arte representa neste mundo contemporâneo.
O professor de arte tem sim o dever de repassar noções de arte para os alunos, mas, além disso, ele precisa formar cidadãos conscientes e reflexivos.
Desenvolver a criatividade somente não pode ser visto como único objetivo de seu ensino, e é o que a maioria dos professores defendem até então; isso porque a maioria deles não têm tido a oportunidade de estudar as teorias da criatividade ou disciplinas similares nas universidades, porque estas não são disciplinas determinadas pelo currículo mínimo.
Todavia, alguns cursos, como os que existem na Universidade de São Paulo são baseados num conceito de arte-educação como epistemologia da arte e/ ou arte-educação como um intermediário entre arte e publico. A idéia é que arte-educação esclarecida pode preparar os seres humanos, que são capazes de desenvolver sensibilidade e criatividade através da compreensão da arte durante suas vidas inteiras.
Esta idéia lidera a organização de cursos de arte na USP para professores de escolas primaria e secundaria, para incluir não somente pintura, escultura e desenho, mas também desing, TV e vídeo.
Concluo que se estes cursos se empalhassem pelo restante do país, principalmente pelo interior do Acre, a realidade educacional que vemos hoje seria completamente diferente da que estamos acostumados, pois ainda vemos muito a arte-educação ser definida como apenas pintura em papel. Precisamos viver um novo tempo, uma nova historia. Precisamos acordar para o que a Arte de fato representa para cada um de nós, mas para fazermos a diferença neste meio, precisamos de mais políticas publicas que invistam no educador, além é claro, de uma formação de qualidade.