terça-feira, 17 de agosto de 2010

Reflexões sobre mídia 2

A mídia de certa forma pressupõe que pode tomar conta da vida das pessoas. Não basta noticiar, há a necessidade de explorar, escandalizar, chocar, polemizar e outras formas de espetacularizações desnecessárias. Não bastasse isso, as mídias atualmente são utilizadas não necessariamente para fins educativos, artísticos ou culturais, ferindo assim o que estabelece o artigo 3 da Legislação da Radiodifusão Brasileira. Antes, o que ocorre é uma verdadeira oferta ao consumismo exagerado, propagando a idéia de que você é o que consome e precisa consumir para ser socialmente aceito. Enquanto muitos se distraem consumindo o que a mídia prega que é bom, outros se apoderam desta mesma ferramenta para difundir suas próprias ideologias, para criar verdades absolutas e incorporá-las, sem que percebamos aos nossos valores.
Acredito que um dos principais aspectos desta relação entre os meios de comunicação e a sociedade é que ela não se resume numa relação de cordialidade ou imparcialidade. Ela é pautada nas imposições do sistema capitalista e nas necessidades que somos obrigados a acreditar que temos. Outro aspecto curioso é a tendência proeminente em ditar padrões de comportamentos. Os jovens são mais facilmente influenciáveis, pois estão numa fase em que buscam ser aceitos ou se encaixar em determinado grupo social. A mídia influencia muito nestas escolhas, pois cria tendências e muitos rótulos que são massivamente copiados. Não há para onde correr. Quem não se rende é considerado fora dos padrões.

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